terça-feira, 16 de agosto de 2016

O 28 pode não ser boa ideia....

Há muito que sigo com alguma curiosidade o debate que cada vez se vai fazendo mais ouvir, sobre o excesso de turistas em algumas cidades e o quanto essas cidades vão perdendo da sua genuinidade devido a isso. Não tendo uma posição sobre o assunto, este post vem no entanto um pouco a propósito disso, e como a experiência no eléctrico 28 pode ser um autêntico calvário...
Vivendo numa cidade relativamente próxima de Lisboa, por simples acaso nunca tinha acontecido fazer o supra famoso percurso do eléctrico 28. Ao informar-me mais em pormenor sobre o trajecto, deparei-me logo com opiniões bastante contraditórias sobre a experiência, qual premonição...
O dia escolhido também pode não ter sido o melhor, domingo, véspera de Agosto, Lisboa à pinha com turistas. Depois de cerca de mais de uma hora à espera no Martim Moniz, finalmente lá conseguimos o nosso lugar no tão afamado eléctrico e desde logo percebemos ao que vínhamos. Pode também ter sido azar no motorista, mas um ciclo infinito de pára arranques, misturado com travagens bruscas, num eléctrico completamente a abarrotar, acaba por não ser o melhor cartão de visita, e depois do desconforto inicial, cedo percebemos que dada a densidade de pessoas dentro do eléctrico, a nossa vista sobre a cidade também seria quase nula, pelo que acabamos por optar por sair a meio da viagem, e fazer parte do percurso a pé. Durante esse percurso a pé, acabamos por nos cruzar com mais alguns eléctricos e olhando para o seu interior deu para perceber que o que nos tinha acontecido não foi um azar, mas sim que essa era a regra do jogo naquele eléctrico. A acrescentar a isto, dezenas e dezenas de tuc tucs, que faziam tangentes aos vários eléctricos, como que em corridas uns com os outros, para serem os primeiros a chegar ao seu destino.
Posto isto, e querendo acreditar que não foi apenas um azar na data, um azar no motorista, talvez comece a chegar a altura (se não se faz já), das entidades responsáveis começarem a pensar um pouco mais no reorganizar do Turismo em Lisboa, sob signo de a não se fazer nada, se matar a "galinha dos ovos de ouro"....

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