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quarta-feira, 28 de maio de 2025

Turquia vai multar passageiros impacientes: os que se levantam mal o avião aterra...

Turquia vai multar passageiros impacientes: os que se levantam mal o avião aterra... É uma eterna questão: depois do avião aterrar, qual é a altura certa para se levantar e iniciar o desembarque? E aqueles passageiros que não cumprem as indicações? É multá-los, ordena Turquia.

Na Turquia, os passageiros que se levantarem do seu lugar antes de o avião ter parado por completo, conforme avisos e indicações dos assistentes de bordo, ou que se aglomerarem no corredor antes de chegar a sua vez de sair do avião serão multados, de acordo com uma circular aprovada pela Direcção-Geral da Aviação Civil do país.
O director-geral Kemal Yüksek deu instruções às tripulações de cabina dos aviões que aterram na Turquia para emitirem avisos de que os passageiros que “não respeitarem a prioridade de desembarque dos passageiros à sua frente ou à sua volta” serão comunicados às autoridades e “será aplicada uma multa administrativa de acordo com os regulamentos legais”.
Isto inclui desapertar os cintos de segurança, levantar-se, abrir os compartimentos superiores ou aglomerar-se no corredor enquanto o avião ainda não parou e/ou está a deslocar-se para a porta de embarque; mas também levantar-se ou dirigir-se para o corredor antes de chegar a sua vez na fila de saída, estipula a directiva. Na circular, Yüksek refere que se registou um aumento significativo de relatos deste tipo de comportamento, que põe em risco “a segurança dos passageiros e das bagagens” e ignora “o cumprimento e a prioridade de saída” dos outros passageiros.
No entanto, referem que quando se trata de ficar de pé e esticar as pernas, logo após ser desligado o sinal de apertar o cinto de segurança, não há mal desde que o façam no seu lugar, que se mantenham fora do corredor e tenham em atenção os passageiros à sua volta.

in Público

terça-feira, 2 de abril de 2019

Mercados icónicos de Barcelona travam turistas


Para controlar os números de visitantes, depois de La Boquería e Santa Caterina também o Mercado de Sant Antoni começa a impor restrições a grupos de turistas e a visitas guiadas. E quem incomodar é expulso.
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Que Barcelona vive invadida por turistas, não é novidade – mas vejamos os números: 1,6 milhões de habitantes para 20 milhões de visitantes anuais. A desproporção é tal que o dia-a-dia na cidade condal há muito que deixou de ser comum – incluindo uma simples ida ao mercado. Os mercados de frescos de Barcelona não foram concebidos como ponto turísticos (tal como o Parc Guell, por exemplo, que deixou de ser o parque público que é na realidade para se tornar numa espécie de museu, com limitação e pagamento de entradas), mas há muito que alguns deles caíram em graça e tornaram-se parte do circuito de visitantes que fazem tudo menos comprar.
Em 2015, as autoridades locais deram ouvidos aos comerciantes e começaram por limitar o acesso a dois dos mercados mais emblemáticos, La Boquería (que continua a ser, em plenas Ramblas, o mais visitado) e Santa Caterina; as medidas foram, entretanto, apertadas e agora estendem-se também ao mercado de Sant Antoni, que reabriu há um ano depois de obras de remodelação prolongadas. Há novas agora regras para visitar os três mercados – continua a não ser obrigatório comprar nada, mas é obrigatório não atrapalhar quem faz aqui trabalha e compra.
Esqueçam-se, portanto, visitas a qualquer dos mercados de grupos de 15 ou mais pessoas com guia às sextas-feiras e sábados (até 30 de Outubro, mas com flexibilidade para se impor a proibição se se verificarem situações de aumento imprevisto de visitantes). Em Sant Antoni e na La Boquería, aliás, os seguranças poderão “escoltar até ao exterior” grupos de menos de 15 pessoas que provoquem aglomerações nos corredores e impeçam “a circulação normal” dos clientes nas bancas ou a atenção ao público em “condições adequadas” por parte dos comerciantes, afirmou o responsável autárquico do Turismo, Comércio e Mercado, Agustí Colom, ao jornal La Vanguardia.
E, a exemplo do que já se passava com Santa Caterina, os seguranças também podem agora convidar a saírem dos recintos pessoas que manipulem alimentos para fotografias, que comam ou bebam fora dos espaços destinados a esse efeito ou que tenham atitudes pouco cívicas que afectem o funcionamento normal dos mercados. Esta regra foi, aliás, alargada aos outros mercados a pedido dos próprios comerciantes, que perceberam como funciona de forma dissuasora e torna mais fácil a convivência.
E é mais um pequeno passo para evitar o que no livro Odio Barcelona, de 2008, uma série de escritores (nascidos ou estabelecidos em Barcelona) chamava de “colapso turístico” de uma cidade que soube vender bem os seus encantos ao mundo e com isso se transformou em pesadelo para os que nela vivem.

Andreia Marques Pereira - Jornal Público

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

TripAdvisor deixa de vender bilhetes para atracções com animais selvagens

Nadar com golfinhos, passear no dorso de um elefante ou posar com um tigre para a fotografia das férias. A partir de agora, as atracções turísticas com animais selvagens ou em perigo de extinção estão banidas da TripAdvisor.
Tanto a gigante de reservas online como o Viator, site semelhante adquirido pela TripAdvisor em 2014, vão “descontinuar a venda de bilhetes para experiências turísticas específicas durante as quais os viajantes entrem em contacto físico com animais selvagens e espécies ameaçadas que estejam em cativeiro”.
Num comunicado publicado esta terça-feira, a TripAdvisor anuncia a sua nova política de reservas, banindo a venda de bilhetes para atracções turísticas que integrem interacções directas com animais selvagens. É a primeira grande empresa no mercado das reservas turísticas a tomar tal decisão. Nadar com golfinhos e baleias, subir ao dorso de elefantes ou acariciar tigres são algumas das actividades que deixam de estar acessíveis naquele que é o maior site de reservas turísticas em todo o mundo.
A possibilidade de marcar algumas destas actividades “cessou imediatamente” no site da empresa, mas as alterações à política de reservas só estarão “totalmente concluídas e implementadas no início de 2017”.
Os lucros gerados por este tipo de actividades – muitas vezes associadas a políticas governamentais inadequadas ou mesmo inexistentes neste sector – tornam os animais especialmente vulneráveis a empresas dispostas a ultrapassar limites ao nível da sua segurança e bem-estar. Animais drogados ou maltratados para se tornarem mais amistosos, acorrentados, mal-nutridos ou traumatizados pelos treinos violentos são alguns dos casos mais graves.
Estas experiências turísticas são há muito criticadas por organizações ligadas à conservação da vida selvagem e várias associações já vieram a público louvar a medida. No entanto, algumas mantêm reservas quanto à sua real eficácia ou peso para travar estas práticas a nível global. Outra das críticas prende-se com o facto de a medida não incluir, por exemplo, atracções turísticas que, embora não implicando um contacto directo com os animais, os mantenham em cativeiro e os utilizem em espectáculos.
Actividades com animais domésticos, como “andar a cavalo” ou “acariciar coelhos”, e as que implicam tocar ou alimentar animais em jardins zoológicos ou aquários sob supervisão dos funcionários do estabelecimento são consideradas excepções à nova política da TripAdivsor.
Além desta medida, a empresa anunciou igualmente estar a planear um novo “portal educacional” sobre a temática. O objectivo da plataforma, que também deverá ser lançada no início do próximo ano, é “ajudar a informar os viajantes sobre os padrões de cuidado e protecção de espécies de animais selvagens, ameaçadas e em cativeiro no sector do turismo, sobre a interacção destes animais com os turistas e o seu impacto na conservação da vida selvagem”.
A página vai disponibilizar vários links e informação sobre boas práticas associadas ao tema, incluindo “inúmeros pontos de vista de especialistas nos sectores do turismo sustentável, protecção animal, conservação da vida selvagem, zoologia e ciência marinha”. Entre os parceiros da iniciativa estão organizações não-governamentais como a Peta ou a World Animal Protection.
No futuro, todas as actividades disponibilizadas no site que tenham algum tipo de interacção com a vida selvagem vão ter um botão especial para o portal, para “ajudar os viajantes a fazer escolhas e a escrever comentários mais informados sobre cada experiência”, adianta a empresa no comunicado. 

Mara Gonçalves - Fugas

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Ryanair estreia-se na Terceira com voos para Lisboa e Porto


Depois de Ponta Delgada, voos low cost chegam às Lajes. Ligações começam em Dezembro e estão à venda desde 20 euros.
A Ryanair confirmou esta terça-feira, em conferência de imprensa em Angra do Heroísmo, a sua nova investida açoriana. Depois da estreia em São Miguel, em 2015, a companhia aérea chega agora à Terceira, tendo anunciado ligações a Lisboa e Porto a partir de Dezembro.
Entre a Terceira e o Porto haverá duas ligações semanais, à terça-feira e sábado. As ligações a Lisboa serão efectuadas quatro vezes por semana, às segundas, quartas, sextas e domingos. Os bilhetes já estão à venda no site da companhia com um preço promocional (válido, informa a empresa, para reservas até sexta-feira) desde 19,99 euros por trajecto. 
Em comunicado, a empresa refere que estes novos voos permitirão "transportar 100 mil clientes por ano na Aerogare Civil das Lajes".
Os Açores começaram a receber voos low cost na Primavera de 2015, após a liberalização das ligações aéreas, decidida pelo Governo. A easyJet chegou a Ponta Delgada em Março, ligando a ilha de São Miguel a Lisboa. A Ryanair aterrou em Abril, garantindo voos para Lisboa, Porto e Londres (esta última rota foi suspensa durante o Outono/Inverno mas deverá estar novamente disponível na próxima temporada).
O início dos voos de baixo custo na Terceira, e consequente entrada da Ryanair, insere-se no âmbito de decisões tomadas em Abril deste ano, aquando da visita do primeiro-ministro, António Costa, aos Açores sob o mote do futuro das Lajes e do impacto na economia local do desinvestimento norte-americano na base. Ficou então prometido "promover um programa de dinamização turística" da Terceira, conforme se resumiu na declaração conjunta do Governo da república e do Governo regional. Num dos pontos, garantia-se já que "serão iniciadas, já a partir do próximo Inverno IATA 2016/2017, novas ligações aéreas semanais à ilha Terceira, através de operações low cost, com duas frequências semanais a partir do Porto e quatro de Lisboa". Só faltava referir Ryanair.
A companhia aérea passa assim a estar presente em quase todos os grandes aeroportos nacionais, faltando-lhe apenas um: o Funchal. Em Julho, o Governo regional da Madeira confirmou ter feito uma proposta à empresa para que iniciasse actividade na ilha. Pela mesma altura, a Ryanair, pela primeira vez, através da empresa Crewlink, marcou para o Funchal uma sessão de angariação de novos colaboradores.

Fugas

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Falência de operador britânico de viagem envolve 100 mil clientes

Na sequência do processo de insolvência que foi declarado pelo grupo turístico britânico Low Cost Travel Group, que envolve os sites lowcostholidays.com e lowcost-beds.com, o Turismo de Portugal divulgou um alerta no seu site com algumas recomendações aos clientes que fizeram compras e reservas de férias através desta e,presa.
O PÚBLICO tentou saber junto do Turismo de Portugal e da Associação de Hotéis de Portugal se existem clientes portugueses lesados, mas ainda não foi possível reunir essa informação. O que já se sabe é que haverá mais de 110 mil reservas que poderão estar agora sem efeito e que há muitos clientes que poderão ter as férias estragadas, em plena época alta.
O Turismo de Portugal sugere “a todos os turistas que recorreram aos serviços daquele operador”, que é considerado o maior operador online britânico e um dos maiores do mundo, que estabeleçam um contacto prévio com os empreendimentos e os destinos que elegeram “no sentido de aferirem se as suas reservas de alojamento e respectivas condições se encontram asseguradas”. Isto porque já há noticias de cerca de 27 mil clientes que terão de pagar novamente pelas suas reservas de férias – sendo que alguns já estariam mesmo a usufruir delas e foram confrontados com a falta de pagamento.
A falência foi decretada no passado dia 15 de julho e, de acordo com a informação disponibilizada pelo gabinete de advogados que está a gerir o processo de insolvência, uma das causas apontadas para o colapso da empresa foi o resultado do referendo britânico e a consequente desvalorização da libra. No ano passado, o grupo tinha atingido receitas de 500 mil libras (cerca de 600 mil euros).
De acordo com o comunicado, o mercado britânico significa 60% da facturação do grupo e as incertezas relativamente ao Brexit, o resultado do referendo (e os receios da desvalorização da libra) bem como as ameaças do terrorismo levaram os clientes a adiaram a decisão ou a nao concluírem as reservas.
Se as causas desta falência ainda estão por apurar, há impactos concretos que podem já ser contabilizados: a perda de emprego de cerca de 500 colaboradores que trabalhavam em Gatwick, Londres, onde o grupo tem a sua sede, ou num dos três escritórios em outros países. De acordo com a informação veiculada pelo grupo, foram dispensadas 120 pessoas em Gatwick, 264 em Cracóvia (Polónia), 60 em Palma de Maiorca (Espanha) e sete na Suiça.
Um dos colaboradores suíço é português e, num depoimento enviado ao PÚBLICO, alertou para o facto de nos escritórios de Cracóvia e Palma de Maiorca os colaboradores terem sido expulsos do escritório “sem qualquer documento de término de contrato, ficando suspensos de actividade não remunerada até futuro contacto da empresa, ficando impossibilitados de recorrer às entidades legais devido à inexistência de documentos comprovando a insolvência ou fim legal de contrato”.
Nenhum dos 500 trabalhadores agora dispensados recebeu ainda os respectivos ordenados e compensações.

Público
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