sexta-feira, 17 de março de 2017

Islândia vai controlar entrada de turistas para não ser "vítima do próprio sucesso"

O país nórdico que saiu da crise com recordes de crescimento quer lidar com o "boom" turístico que, segundo o Governo, ameaça a sustentabilidade de alguns locais. A solução pode estar no aumento ou criação de novas taxas para o turismo.

A Islândia já não é um destino barato para os turistas que a visitam. Mas pode ficar mais caro brevemente, se o Governo levar em diante o seu plano para lidar com o "boom" turístico que ameaça a sustentabilidade de alguns dos tesouros naturais que atraem os visitantes estrangeiros.
Com cerca de 340 mil habitantes, este país nórdico deverá receber mais de 2 milhões de turistas este ano, um número que, segundo o Governo, poderá pôr em causa a manutenção de alguns dos locais mais populares do país, como o lago glacial Jökulsárlón e a famosa Lagoa Azul. A solução? Limitar o acesso a esses locais, ou criar novos impostos para o sector do turismo. Ou ambas.
"O sector e todos nós temos de ter cuidado para não nos tornarmos vítimas do nosso próprio sucesso", afirmou a ministra do Turismo Thordis Kolbrun Reykfjord Gylfadottir, numa entrevista em Reiquiavique citada pela Bloomberg.
Segundo estimativas referidas pela agência noticiosa, o pequeno país nórdico deverá ser o destino de mais de 2,3 milhões de visitantes este ano, um número que compara com apenas 490 mil em 2011, e que tem sido impulsionado pela descida da moeda e pela escolha do país para a filmagem de cenas da série televisiva Games of Thrones.
Para lidar com esta escalada, a ministra pede aos colegas do Governo e à indústria do turismo que sejam "corajosos".  
"Algumas áreas não podem simplesmente receber um milhão de visitantes por ano", argumenta a ministra. "Se permitirmos mais pessoas em alguns locais, estaremos a perder o que os torna especiais - pérolas únicas da natureza que fazem parte da nossa imagem e do que estamos a vender".
Há várias opções em cima da mesa. Entre elas obrigar as companhias de autocarros e operadores turísticos a comprar uma licença especial ou aumentar a actual taxa turística aplicada sobre as dormidas.
Segundo dados do Ministério do Turismo, citados pela Bloomberg, esta taxa rendeu 400 milhões de coroas (cerca de 3,4 milhões de euros) em 2016, valor que deverá subir para 1,2 mil milhões de coroas (cerca de 10,2 milhões de euros) este ano.
O dinheiro proveniente do aumento dos impostos ou das novas taxas seria usado para melhorar as infraestruturas e instalações. "Quando falamos em cobrar pelo acesso, para mim isso tem mais a ver com controlar o número de pessoas que entram em determinados sítios – o que precisamos mesmo de fazer", explicou a ministra. "mas também temos de garantir que os turistas que vêm aqui têm uma experiência positiva durante a sua estadia".
 O turismo, a par com as exportações de peixe e a indústria de alumínio, é uma das maiores fontes de receitas do país que, em 2008, assistiu à falência dos três maiores bancos do país (Glitnir, Landsbanki e Kaupthing).
O colapso do sistema bancário arrancou mais de 10% da riqueza da Islândia em apenas dois anos e mais do que duplicou a taxa de desemprego para o nível recorde de 11,9%.
No entanto, a Islândia foi um dos países europeus que mais depressa sacudiu a poeira da crise, tendo a economia regressado ao crescimento em 2011.
No ano passado, a Islândia cresceu 7,2% (no último trimestre cresceu 11,3%) e o desemprego desceu para cerca de 3%.

Rita Faria - Jornal de Negócios

quinta-feira, 2 de março de 2017

Ponte Filipina - Pedrógão Pequeno


A Ponte Filipina de Pedrógão Pequeno foi construída no século XVII, na altura da coroa ibérica. A data provável para a sua edificação, será entre o período de 1607-1610, e teve como objectivo substituir uma outra pré-existente e que era de origem romana.
A ponte é formada por três grandes arcos, em cantaria e a curiosidade é que a íngreme estrada de acesso só foi construída em 1860, pelo que anteriormente o acesso só se fazia pé ou a cavalo. Quer de um lado quer do outro da ponte, tem cerca de 1,5 km de estrada calcetada, naquela que era, até à construção da Barragem do Cabril, a estrada que ligava a Beira Baixa à Beira Litoral.

A partir de Pedrógão Pequeno é fácil chegar à ponte, mas há que ter cuidado em não tentar ir com o carro muito para baixo, o que pode causar algumas dificuldades depois na hora do regresso. Foi precisamente isso que nos aconteceu na primeira vez que visitamos o lugar, pelo que agora optamos por fazer todo o trilho a pé, e apesar do declive, é sempre um passeio fantástico, rodeado de fantásticas paisagens.

Aldeias do Xisto: Casal de São Simão

Cinco anos depois, voltámos à pequena aldeia de Casal de São Simão, uma pequena e simpática aldeia, situada no concelho de Figueiró dos Vinhos (Leiria) e que pertence à rede das Aldeias do Xisto.
De fácil acesso a partir do IC8, Casal de São Simão não é uma aldeia muito grande, na verdade praticamente apenas tem uma rua, mas é de facto uma aldeia acolhedora, de uma beleza ímpar. Para além das casas particulares, existe também um restaurante, onde se poderá degustar, com as mais variadas delícias regionais. E se isso não bastasse, acrescentar ainda que bem pertinho, junto à encosta desta aldeia, situam-se as Fragas de São Simão, um outro local a merecer uma visita atenta.

Fragas de São Simão - Figueiró dos Vinhos

Da primeira vez que exploramos esta zona, em 2011, tínhamos cometido o erro de ir apenas a aldeia de xisto de Casal de São Simão e por desconhecimento ou desinteresse, não tínhamos ido às Fragas de São Simão. Desta vez emendamos o erro. Saindo de Casal de São Simão, e já depois de termos oportunidade de ter uma vista maravilhosa num miradouro que está bem junto à estrada, descendo mais alguns kms, chega-se às Fragas de São Simão. Facilmente se sabe onde está, pelo intenso barulho que a água faz a bater nas rochas.
E é de facto um sítio bastante agradável, onde a natureza atinge toda a sua plenitude. No meio do emaranhado de vegetação, corre a Ribeira de Alge, que mais à frente se juntará ao Zêzere. A água é de uma limpeza inacreditável, vendo-se na totalidade o seu fundo.
Em seu redor, uma imensidão de loureiros e sobreiros, que dão a este espaço a pacatez necessária para a tornar num local de eleição.

Foz do Alge - Arega - Figueiró dos Vinhos

Bem perto de Figueiró dos Vinhos, ainda que a estrada de acesso não seja das melhores, com muito declive e muitas curvas, fica a aldeia de Foz do Alge, numa bela paisagem natural sobre a bacia do Rio Zêzere. Espaço bastante acolhedor, propício aos desportos no rio (canoagem, jet ski). Com um parque de campismo a servir este espaço, este é um espaço que todos os verdadeiros amantes da natureza não devem perder.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Hotel da Montanha - Pedrógão Pequeno

Cinco anos depois e voltamos novamente a ficar instalados no Hotel da Montanha em Pedrógão Grande e novamente ficamos com um sentimento algo contraditório em relação a este hotel. Por um lado,  a sua localização é fantástica, mesmo no cimo de um monte, com uma vista maravilhosa sobre o Rio Zêzere e a barragem do Cabril.
A arquitectura do hotel integra-se no espaço envolvente e aproveita o declive, para de uma forma harmoniosa, ocupar o cimo do monte. Para além da óptima localização e vista, o hotel é de facto acolhedor, com tudo o que se pode pedir para um descanso tranquilo.
Também o atendimento dos funcionários é bastante satisfatório e procuram sempre encontrar a solução para os nossos problemas. No entanto, até pode ser azar ou coincidência, há coisas com as quais ainda não conseguimos acertar neste hotel. Em pleno inverno, é normal ser o spa, a oferta mais interessante deste espaço para quem o procura. Se da primeira vez que ficamos no hotel, recebemos uma chamada um dia antes a informar que o spa devido a uma avaria estava inoperacional, desta vez foi quase o mesmo. Água gelada, jacuzzi também com água gelada, ou seja, novamente inoperacional. Apesar da simpatia das pessoas, que se prontificaram a ver o que se passava, mais uma vez o spa não esteve operacional, e nesta altura do ano bem que tinha sabido bem.
Para além disso, o hotel continua a evidenciar algumas situações que abonam pouco em seu favor e que pensamos com alguma facilidade poderiam ser arranjadas, dando ao hotel, uma melhor harmonia, a foto em baixo ilustra isso mesmo. Também ao nível do restaurante, tínhamos ficado com melhor impressão na primeira vez. Com o 15 € que pagamos pelo buffet, mais bebidas, pensamos que teríamos sido melhor servidos num restaurante no exterior.
Hotel da Montanha
Localização: Pedrógão Pequeno

Para reservas e ver mais opiniões e fotos sobre este hotel, veja aqui!!!

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