Foram cerca de 1200 km em seis dias, por dois países, Arménia e Georgia, que muito nos surpreenderam, e quase sempre pela positiva. A prova que muitas vezes saindo dos circuitos mais comerciais, se consegue desfrutar e ser surpreendido.
Dia 1 - 13 de Abril
Com escala em Istambul, e depois de uma noite a viajar, chegamos bem cedinho ao aeroporto de Tblisi. E começavam aí as nossas surpresas. Após uma longa espera, lá somos atendidos no balcão da Álamo, para levantarmos a viatura. Processo surpreendentemente lento e com uma surpresa negativa. Como era domingo, não nos conseguiriam arranjar o papel para podermos aceder com o carro à Arménia. Em nenhum lado no site em que reservamos mencionavam isso, e o funcionário nem sabia bem o que dizer. Troca de palavras para aqui, troca de palavras para ali, e ficamos com a noção clara que dificilmente íamos conseguir o papel. Mandou-nos a outro balcão da empresa, mas a situação não se alterou e ficaram de nos ligar quando houvesse novidades, provavelmente só no dia seguinte.
Era altura de reformular os planos e reagendar hotéis. Após o almoço e uma vista a Tblissi, seguimos para norte e conseguimos arranjar estadia em Ananuri, com tempo ainda para ver o templo e a zona junto ao rio, que na verdade mais parecia uma aldeia fantasma, com casas e casas abandonadas, sem que tenhamos percebido o motivo. Perto da noite, boas notícias, o nosso papel estava finalmente pronto e podíamos no dia seguinte seguir para a Arménia.
Dia 2 - 14 de Abril
Com a questão burocrática resolvida, podíamos finalmente seguir viagem. Saímos de Ananuri rumo a sul, e tivemos oportunidade de experimentar o terrível trânsito para entrar em Tblissi, onde fomos levantar a papelada.
Tudo ok, hora de seguir para Ereven. Viagem tranquila até à fronteira, onde aí os passageiros tiveram que seguir a pé, por uma zona própria, e o carro seguiu por outra zona. Aí novo problema. Não sabíamos de um documentos do carro, mas após uma chamada telefónica para a empresa de aluguer, e beneficiando da paciência da funcionária, lá conseguimos sair da Georgia. Faltava entrar na Arménia :). O que até foi tranquilo. Primeiro controlo ao carro, e depois a necessidade de obter um papel para o carro entrar no país. Conseguido esse documento, paragem logo a seguir para se fazer um seguro para o carro. É obrigatório. Não é caro, e é relativamente rápido. Agora sim, tudo pronto para seguirmos viagem. Os primeiros kms foram tranquilos, pautados pela surpresas de algumas velhas relíquias na estrada. Mas a partir de Vanadzor o tempo começou a arrefecer e fomos surpreendidos com um enorme nevão. Fomos seguindo e já sem neve, fomos comtemplar a beleza da península de Sevan e do seu mosteiro. Daí seguimos para a capital Ereven, e praticamente não conseguimos ver nada da cidade. deu tempo apenas para nos instalarmos no hotel, o Ani Grand Hotel, e sairmos para jantar.
Dia 3 - 15 de Abril
Recuperada as forças após uma boa noite de sono, tempo para irmos conhecer a cidade. Não é uma cidade propriamente bonita. Alguns grandes edifícios e praças, mas nada que deslumbre verdadeiramente. Era altura de seguimos para sul, queríamos visitar o mosteiro de Khor Virap, bem junto à fronteira com a Turquia. Daí, seguimos para Garni, onde tivemos oportunidade de ver das melhores paisagens de toda a viagem. É uma zona de montanha bastante bonita. de Garni, seguimos para Sevan, com regresso a Tblissi, onde tivemos oportunidade de jantar na zona histórica.
Dia 4 - 16 de Abril
Hoje era dia de seguirmos para o norte da Georgia. Mas com a estrada cortada devido à neve, não conseguimos subir mais do que Gudauri, onde acabamos por ficar hospedados, com esperança de no dia seguinte as estradas já estarem abertas. Aproveitamos para descansar nesta bonita cidade, toda ela coberta de neve.
Dia 5 - 17 de Abril
Nada feito. A estrada continua cortada, não há qualquer hipótese de seguirmos para norte. resta-nos regressar a Tblisi e penar o que fazer neste dia. Assim foi. depois de um almoço na capital, pegamos a estrada para sul e onde podemos o enorme contraste entre o norte e o sul, a nível de paisagens. A ideia era entrarmos no Azerbaijão, mesmo que fosse a pé, pois de carro sabíamos que não seria possível. Nada feito e logo um zeloso polícia nos informou que só conseguíamos entrar no país de avião. Ok, hora de seguir em frente e passar ao plano b, que passava por ir para a zona de Rustavi, em busca de montanhas. Não foi fácil de lá chegar, os acessos não eram os melhores, mas lá chegamos, sem que no entanto nos tenhamos deslumbrado com a vista.
Hora de regressar a Tblissi, para um jantar num restaurante espanhol na zona histórica, que também ele não deslumbrou, com direito a uma paelha esturrada :). Coisas da vida :).
Dia 6 - 18 de Abril
Hoje era o dia do regresso, mas aproveitamos toda a manhã para conhecer melhor a cidade de Tblissi, principalmente a zona histórica. Com o castelo encerrado para obras, percorremos as ruas em seu redor, numa cidade, que não deslumbrando, acaba por ser uma cidade acolhedora. Marca da cidade e mesmo do país, é a enorme quantidade de cães que deambulam pelas ruas. Normalmente bem tratados e afáveis, são ás dezenas um pouco por todo o lado.
Com o tempo a apertar, hora de irmos entregar o carro e foi novamente um filme de tirar qualquer um do sério. Felizmente íamos com tempo, mas depois de mais de uma hora e meia de espera, sem qualquer horário ou contacto no balcão, lá aparece o funcionário. nas suas calmas, e como se nada fosse com ele. Carro entregue e era altura de apanhar um voo para outras paragens.
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