terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Hotel Rio do Prado


Bem junto a Óbidos, mais concretamente na Aldeia de Arelho, encontramos o Hotel Rio do Prado. As expectativas eram bem altas e a bem da verdade, em quase tudo se justificaram. O espaço, à beira da Lagoa de Óbidos, resulta numa fusão plena da natureza, com um hotel acolhedor e totalmente ecológico. Os quartos, do melhor que vimos, super acolhedores e onde cada pormenor não é deixado ao acaso. Uma lareira interior e outra exterior, completam o quadro pitoresco deste espaço, que não deixa ninguém indiferente.
Como espaço comum, este Hotel dispõem de um biblioteca super acolhedora, um espaço grande,  todo lotado de livros e onde está um pequeno bar e uma televisão.
O Hotel é servido por um Restaurante também de excelência, o Maria Batata. Não espere preços muito convidativos, mas como em tudo na vida, a qualidade paga-se. O único senão que ficou bastante aquém das nossas expectativas, foi o Spa. Banho Turco e Sauna super pequenas,e francamente desajustados para um espaço que em tudo o resto marca pontos. Para mais, é um serviço extra,  com um custo de 15 €.


quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Holiday Inn Express Lisbon Alfragide

Tendo em conta os preços cada vez mais proibitivos do centro de Lisboa, para a estadia de uma note, optamos pelo Holiday Inn Express, em Alfragide. Hotel tranquilo, sem luxos, mas com o necessário. Perto da zona comercial de Alfragide, mas ainda assim numa zona tranquila. Pequeno almoço incluído e o suficiente. 

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Transferes do Aeroporto KLIA (Kuala Lumpur) para a cidade

Chegamos ao  KLIA (Kuala Lumpur International Airport) num voo da Air Ásia, vindos de Siem Reap, no Cambodja. O aeroporto é uma estrutura moderna, gigantesca, mas apesar disso a espera para passar a alfândega foi enorme e quase desesperante.
Mas lá passamos e a partir dai tudo foi super rápido e cómodo. A melhor forma de chegar à cidade é apanhando o KLIA Ekspres – comboio que faz em 30 minutos o percurso até o centro da cidade, à estação central de comboios. A viagem é super tranquila e custa RM 35.00 por pessoa, o que dá cerca de 10 dólares.
Mas como na nossa estadia na Malásia ficamos fãs da GRAB, o percurso inverso vimos o preço na GRAB e como era a cerca de metade, optamos por estes. No entanto, logo nos arrependemos. Começamos a apanhar filas enormes de transito e cada vez olhávamos mais insistentemente para o relógio com medo de perder o avião, o que não veio a acontecer, mas deu para apanhar um pequeno susto. Em suma, com horas contadas, mais vale pagar um pouco mais e ir calmamente no KLIA Ekspress.

Hotel Istana Kuala Lumpur City Centre - Malásia

Quando começamos a preparar a viagem, não perdemos grande tempo com a escolha do Hotel em Kuala Lumpur. Basicamente só íamos ficar uma noite, pelo que critério foi simples, preço acessível e numa zona central.
E se muitas vezes o que encontramos não corresponde às expectativas, neste caso superou-as e de que maneira. O Hotel Istana Kuala Lumpur City Centre, é na realidade um Hotel de muita qualidade, e que em Portugal por exemplo nos custaria duas a três vezes o que pagamos. Está localizado em zona central, com vista para as Petronas e com muito, muito conforto, para além de que todo o staff é de uma enorme simpatia. A repetir sem dúvida.

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Rose Rayhaan by Rotana - Dubai

Na primeira vez que estivemos no Dubai, optamos por ficar no Rose Rayhaan by Rotana e em boa hora o fizemos. É um hotel com um excelente preço / qualidade e bem perto quer do aeroporto, quer das principais atracções no Dubai. Com vista privilegiada para o Burja Kahlifa e com piscina num dos seus pisos superiores, este hotel encheu-nos as medidas no pouco tempo que tivemos no Dubai em 2019.

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Gold Airport Suites - Bangkok

Com viagem de regresso bastante cedo, optamos mais uma vez por ficar perto do Aeroporto e assim facilitar as coisas na manhã seguinte. Desta vez o regresso era pelo outro aeroporto de Banguecoque, o Suvarnabhumi, pelo que não podemos voltar ao Diamond and Rust.
Assim, optamos pelo Gold Airport Suites. Hostel típico de proximidade de aeroporto, mas ainda assim, e tendo em conta o preço, cerca de 30 euros, com muito mais conforto do que esperávamos. Quartos grandes, limpos e com um pequeno-almoço bem razoável para o preço. Este Hostel tem apenas um senão, como fica bem perto do aeroporto, de noite e madrugada passam aviões bem perto, o que para quem tiver um sono leve, pode ser um verdadeiro problema. É o único senão e até o transporte para o aeroporto, é assegurado, de forma gratuita por eles.

Diamond & Rust Hostel - Banguecoque

O Diamond and Rust Hostel é um espaço típico de quem vai apanhar avião no dia seguinte de madrugada. É mesmo em frente ao Aeroporto Don Mueang (apesar disso, para se chegar lá tem que se ir de GRAB ou Táxi), e tem o suficiente para descansar, tomar um banho e partir.
Não esperem luxos, mas por 23 euros que foi o que pagamos, por uma noite para dois adultos e uma criança, no quarto separado e com pequeno almoço, também não se poderia esperar muito mais.

Siem Reap - Cambodja - 15 a 17 de Julho de 2019

Quando atempadamente começamos a pensar mais a sério o que seria esta nossa "expedição" à Ásia em 2019, o Cambodja foi um dos países que mais cedo pensamos incluir na mesma. Com a Tailândia como certa, até porque foi por Banguecoque que conseguimos a viagem mais barata para Oriente, e uma vez que já conhecíamos alguma coisa da Tailândia (Banguecoque, Phuket e Ilhas Phi Phi), quisemos adicionar mais países à viagem.
O Cambodja acabou por se uma opção natural, por todos os motivos. Pela Air Ásia conseguimos um preço interessante e a estadia era também bastante apelativa. Assim, seguindo de Banguecoque, aterramos em Siem Reap, onde ficamos 3 dias, seguindo depois para Kuala Lumpur.
Mas Siem Reap é mais do que uma cidade que vive à sombra de Angkor Wat. Siem Reap é uma cidade com muitas mais coisas para ver, de gente humilde e boa, onde nos sentimos sempre super seguros. E aquelas massagens, junto ao rio, na zona do mercado nocturno, foram qualquer coisa de inesquecível....

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O que voltávamos a fazer:
- massagens, mais massagens. A um preço super barato, na zona do mercado nocturno, encontramos umas massagens maravilhosa. Dois dólares, meia hora, num ambiente super relaxante. Temos pena agora de não ter aproveitado mais.
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O que não repetiríamos:
- todo o dinheiro que precisássemos trocávamos em dólares. É a moeda corrente e mais de transaccionar que a própria moeda local;

A “cidade perdida” de Angkor Wat

Um dos principais motivos que nos levou ao Cambodja e a Siem Reap em particular, tinha a ver com a vontade que à muito tínhamos de visitar Angkor Wat. Era uma daqueles locais que à muitos anos despertavam a nossa atenção e desta vez concretizou-se mesmo.
Angkor Wat é na verdade um conjunto de templos e não só um, sendo que Angkor é na verdade o mais mediático, mas ainda assim, todos os outros merecem uma visita cuidada.
Chegar a Angkor Wat a partir de Siem Reap é super rápido. Apanhamos um Tuk Tuk no nosso hotel, e em poucos minutos chegávamos a um edifício onde tínhamos que comprar os bilhetes. Um espaço enorme, onde nos tiram inclusive uma fotografia, que fica digitalizada no bilhete de entrada. O custo de entrada foi de 37 dólares. Convém guardar bem o bilhete, pois quer nos espaços, quer mesmo em algumas estradas com controlo, vão-nos pedir muitas vezes para mostramos o bilhete.
O primeiro templo que visitamos foi o de Ta Prohm. Paulatinamente engolido por raízes de enormes árvores, Ta Prohm é um dos mais emblemáticos, arrebatadores e fotogénicos templos de Angkor. Uma das suas marcas é mesmo as enormes raízes que tomam conta dos restos arqueológicos e que dão uma beleza ímpar ao espaço.
Depois de Ta Prohm, seguimos pata Bayon.  Por muitos considerado o mais fabuloso monumento de Angkor, tem um conjunto magnífico de altos-relevos e algumas estátuas verdadeiramente extraordinárias. Com algumas das suas secções em obras, pode-se também em seu redor contemplar uma luxuriante vegetação.  
E chegamos a Angkor Wat. A qualquer hora do dia, o maior e mais importante templo de Angkor vale a visita. É de facto um espaço de suster a respiração, e tudo em si é grandioso. É daqueles espaços que só mesmo "estando lá" se consegue perceber a dimensão. Aconselhamos a todos a visita.

quarta-feira, 31 de julho de 2019

Visita à Aldeia Flutuante de Chong Kneas (Siem Reap /Cambodja)

O feed-back que tínhamos e tudo o que tínhamos consultado já nos aconselhavam a não visitar as aldeias flutuantes de Chong Kneas, mas a curiosidade falou uma vez mais alto e lá pegamos nós num Tuk Tuk e fomos ver com os nossos olhos.
Chong Kneas é uma pequena aldeia piscatória na margem do Tomle Sap, o maior lago do Cambodja. Esta pequena aldeia situa-se a poucos quilómetros de Siem Reap, e em pouco mais de meia hora, estávamos na margem de um rio lamacento, que era um afluente do enorme lago. Depois de passarmos pelas primeiras casas em estacas na margem do rio, chegamos a uma zona onde o nosso condutor nos informou que a partir daí, para avançarmos, teríamos mesmo que comprar o bilhete, cujo preço era de 20 dólares por pessoa. 
A nossa intenção inicial era não comprar o bilhete, mas chegados ali, a nossa curiosidade falou mais alto e em má hora o fizemos. A partir dali entramos numa espiral de esquemas e mais esquemas e em má hora nos pusemos neste filme.
Depois de comprarmos os bilhetes, arrancamos num barco com um guia e um motorista, e em pouco mais de meia hora de viagem estávamos a chegar ao lago e a uma zona onde os barcos atracam. Ali, mandaram-nos sair, e numa plataforma flutuante com um bar e alguns pequenos crocodilos e peixes gato em exposição, prontamente o nosso guia nos informou que para entrarmos na aldeia teríamos que pagar mais 40 dólares, pois o barco em que íamos poderia ficar encalhado e teríamos que ir em barcos mais pequenos. Tínhamos acabado de pagar 40 dólares, e ninguém nos informara que ainda havia mais custos. Dissemos que não e aí o guia disse-nos quanto queríamos pagar. Já fartos daquele esquema, dissemos que não pagávamos mais nada, pelo que voltamos ao barco, e depois de uma pequena volta à entrada da aldeia, fizemos o caminho de volta, e o guia que na viagem de ida sempre se mostrou disponível, praticamente não disse uma palavra e passou o tempo de volta dos jogos do telemóvel. Em poucos minutos, e menos de uma hora e meia desde o início estávamos de regresso a terra e 40 dólares mais leves, sem termos visto praticamente nada a não ser um rio lamacento, poluído  e algumas casas na sua margem. 
Sabemos,  pelo que lemos antes e depois, que não perdemos nada em não visitar a aldeia, pois ali essencialmente à uma exploração da mendicidade de crianças para permitir o lucro a alguns traficantes, mas foi caso para dizer que a curiosidade custou-nos 40 dólares e para reforçar a ideia a todos vós que visitem Siem Reap, que esta é uma actividade a evitar.

terça-feira, 30 de julho de 2019

Aeroporto Internacional de Siem Reap

Chegar a Siem Reap, vindo de Banguecoque, é uma enorme surpresa. O Aeroporto Internacional de Siem Reap é bastante pequeno, e na altura em que chegamos para terem uma ideia, só estava o nosso avião nas pistas. Pelo que podemos perceber, entre partidas e chegadas, não existem mais de 20 vôos por dia em Siem Reap.
O acesso das pistas às zonas de apoio é super rápido, e depois de passar pela complicação dos vistos, rapidamente estamos fora do aeroporto. O aeroporto está relativamente perto da cidade e de táxi ou tuk tuk, em menos de meia hora, está-se em qualquer zona da cidade.

Visto para o Cambodja

Quando pensamos incluir o Cambodja na nossa aventura asiática de 2019, cedo começamos a perceber que a obtenção do visto para o mesmo não era uma coisa linear.
Depois de aprofundarmos a pesquisa e de numa primeira fase termos tentado on-line, acabamos por optar por obter o visto presencialmente à entrada no mesmo e tal só veio confirmar as artimanhas para obter o mesmo.
Entramos por Siem Reap. e o valor do visto para os três era de 90 dólares. Como não tínhamos dólares (erro nosso), acabamos por pagar em euros, e curiosamente mesmo sendo o euro mais forte em relação ao dólar, acabamos por pagar 105 euros, e sem direito a qualquer explicação. Aconselhamos pois a levarem dólares trocados e mesmo no país em muitas zonas é mais fácil pagar em dólares, que propriamente na moeda local. Para além disto, tinham-nos falado na necessidade de ter fotos tipo passe. Não apresentamos nenhuma, embora nas filas muitas pessoas as tivessem e também não nos pediram, pelo que acabamos por não perceber bem para quer seriam necessárias. O visto é válido por um mês.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Angkor Heart Bungalow

Para a nossa estadia em Siem Reap optamos por ficar no Ankor Heart Bungalow e melhor opção não podíamos ter tido.
O Angkor Heart Bungalow é um conjunto de bungalows em madeira, cercados por muita vegetação o que torna o espaço super acolhedor. Para além disso, o espaço dispõem de duas piscinas super agradáveis. Provavelemnte em todas as viagens que fizemos, apanhamos poucos espaços com a qualidade/preço deste, e de certeza que nunca apanhamos funcionários com a mesma simpatia e disponibilidade. Simplesmente impecáveis.
Não estando mesmo na zona central da cidade, fica perto e o transfer é assegurado por cuidadosos condutores de Tuk Tuk, sendo o serviço em alguns horários do dia gratuito, e quando não é, não é dispendioso. A quem visitar a cidade e procure uma acomodação numa zona tranquila, aconselhamos imensamente.

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Transfer Barcelona - Aeroporto

Com muitas opções disponíveis de transfer desde o Aeroport El Prat até ao centro de Barcelona, optamos pelo transfer no Aerobús. Fácil e rápido. Na saída do aeroporto é intuitivo o lugar para apanhar o mesmo. O bilhete custa 5,90 €, existe uma máquina onde se pode comprar com cartões, ou então está um funcionário a vender os mesmos. De dia, 5 em 5 minutos está um a partir para o centro e em cerca de 30-35 minutos estamos confortavelmente na Praça da Catalunha, zona central da cidade.

Alojamento em Barcelona - Don Moustache Boutique Hostel

Normalmente somos cuidadosos e não costumamos deixar para muito em cima das datas de partida a marcação da estadia nos lugares onde vamos. Desta vez, no entanto, fomos vendo preços, mas tardamos em efectivar a marcação e quando demos por ela, muito do que tínhamos visto,  já estava esgotado. 
Com a escolha já limitada, acabamos por marcar no Hostel Don Moustache, em zona central, bem perto da Praça da Catalunha. Com uma criança pequena, marcamos um quarto com casa de banho privada.
No entanto, apesar de em sites como o Booking a generalidade deixar boa critica ao Hostel, foi de longe o pior em que estivemos até hoje e onde claramente não justificou o preço gasto. Apesar de Hostel, uma vez termos optado pelo quarto, o preço ultrapassou os 100 euros, o que foi claramente demasiado, para o que nos ofereceram. Quarto sem janela, sem televisão, e metido entre duas portas de chuveiros, o que levava a que toda a noite dormíssemos ao som de pessoas a tomar banho. Mais ainda, o quarto não estava identificado e muitas vezes as pessoas tentavam entrar no mesmo, pensando ser os chuveiros. Para além disso, limpeza a deixar muito a desejar em todo o espaço. O que estranhamos mesmo, é ver no Booking quase tudo com criticas positivas. Será que o problema foi nosso?

segunda-feira, 22 de abril de 2019

On Tour Suiça e França - Pequeno Tour de 3 dias


1ºDia - Lisboa - Genebra - Lausanne - Neuchâtel - Morteau
Estando numa fase em que a nossa vida profissional não nos permite grande disponibilidade para férias, vamos ainda assim procurando algumas pontes no calendário e assim conseguir tirar alguns dias.
Desta vez optamos por dar um saltinho à charmosa Suiça. Voo pela Easyjet, e o plano inicial era alugarmos uma caravana para estes três dias em terras helvéticas. Marcamos o voo muito atempadamente e com o passar dos dias fomos-nos apercebendo que não seria fácil conseguir uma caravana para um período tão curto de estadia. Queimamos as hipóteses todas que fomos tendo, até que chegamos a uma fase em que tínhamos que tomar decisões e foi aí que chocamos com o elevado preço das estadias na Suiça. Uma exorbitância mesmo.
Perante isto, avançamos para o Plano B. Como tínhamos um carro alugado, e as zonas onde pretendíamos ir eram bem perto da fronteira, optamos por marcar as estadias em França e assim poupamos uma boa fatia no orçamento. 
Depois de um voo tranquilo até Genebra, rapidamente pegamos no carro que tínhamos previamente alugado no site Rentalcars, e seguimos rumo a Lausanne. Aí, tempo para mais um choque relativamente aos preços deste simpático país, e um simples almoço no Mc Donalds, conseguiu chegar a valores que em Portugal,  dariam para repetir o mesmo almoço duas as três vezes. Adiante. Tempo para explorar a cidade capital do Cantão do Vaud. Lausanne é uma cidade bastante viva (comparando com as cidades vizinhas), vê-se muita gente nas ruas, e principalmente muitos jovens. Depois de uma passagem rápida pelo centro histórico, focamos-nos na zona de Ouchy, que é uma zona com origem numa vila de pescadores e que agora se transformou numa bonita e aprazível zona urbanizada: ás margens do Lago Léman. O bonito Castelo d'Ouchy, do séc XII, marca a paisagem, mas toda a zona convida ao passeio e ao relax, e tivemos ainda a sorte de poder apreciar, em plena zona de Ouchy, a uma actuação de rua da Tuna de Medicina da Universidade do Porto, que com o seu mítico "Estava a assar sardinhas..", levou ao rubro a enorme plateia que ali se juntara.
Depois de Lausanne, seguimos para Neuchâtel, cidade que também ela fica na margem de um Lago, o lago com o mesmo nome. Inserimos Neuchâtel no nosso roteiro, sem grandes expectativas, talvez porque se encaixasse bem no que queríamos fazer no dia seguinte. No entanto, talvez porque as expectativas não fossem muitas, a cidade acabou por nos deixar boa impressão. Sem a vida e o movimento de Lausanne, Neuchâtel tem um rico património arquitectónico, onde se destaca a sua igreja e castelo, ambos da Idade Média. Visitamos a um feriado, com a cidade bastante deserta, mas certamente em dias úteis terá muito mais movimento. 
Num dia que estava a ser uma maratona (tínhamos saído de casa cerca das 3h00 da manhã) era altura de seguirmos rumo a França, mais concretamente a Morteau, onde iríamos dormir. O que parecia ser fácil, cerca de 40 km, veio a revelar-se uma autêntica tortura :). Não tínhamos feito o trabalho de casa e aceitamos como válida a primeira hipótese que o GPS nos apresentou e quando fomos a dar por ela, estávamos em plena montanha, em caminhos que até os rebanhos teriam dificuldades em andar. Com a noite a cair e com as estradas com muito gelo e muita neve a derreter, finalmente e após uma viagem tipo caracol, onde certamente outros condutores nos apelidaram de nomes nada agradáveis, lá chegamos a Morteau. O espaço onde ficamos era longe de ser luxuoso, mas após mais algumas peripécias na recepção, lá estávamos nós no nosso quarto com duas belas pizzas caseiras e prontos a recuperar forças para o dia seguinte.

2ºDia - Morteau - Neuchâtel - Berna - Friburgo - Maison Cailler - Gruyérs - Montreaux - Chamonix
Repostos do cansaço do dia anterior, altura para nos abastecermos ainda em França e voltarmos novamente à Suiça. Desta vez, acertando no caminho mais rápido, num instante estávamos de volta a Neuchâtel, a caminho de Berna. 
Berna é a capital da Suiça e certamente poucas cidades conseguiram manter um centro histórico tão bem preservado e intacto. O ar medieval da cidade, com os seus muitos chafarizes e suas muitas fachadas de arenito, ruas estreitas e torres históricas, possui uma característica única. O elevado Jardim das Rosas, acima do Fosso dos Ursos, e a plataforma da torre da catedral, medindo 101 metros de altura, oferecem a melhor vista para o centro histórico, em volta do qual flui o rio Aare. Também os seus acolhedores mercados de rua nos deixaram a salivar e já a caminho de Friburgo, nada como fazer uma pausa, e com as montanhas como fundo, desfrutar de uma excelente refeição. 
Seguimos para Friburgo, mas com excepção da Catedral, com o seu enorme pináculo, a cidade não nos deslumbrou e com horas contadas, optamos por seguir para Maison Cailler, onde fomos visitar a Casa Cailler, a Fábrica de Chocolate. A duração da visita é de cerca de 1 hora, e sinceramente não nos impressionou. É feito um resumo de todo o processo que culmina com o chocolate em nossas casas, mas apesar de algum relativo interesse, esperávamos uma visita mais interactiva, mais dinâmica e menos comercial. Não deslumbrou.
Como acabamos por demorar menos tempo que o previsto nesta visita, e como no caminho até lá um morro com um castelo nos tinha chamado a atenção, decidimos-nos por-nos a caminho. E em boa altura o fizemos. Viemos a descobrir que era Gruyérs, uma cidadesinha medieval, com um vistoso castelo numa das pontas. É assim como recuar no tempo, faz-nos lembrar um pouco Óbidos, mas acaba por ser mais bonita ainda, porque a cidade é mais pequena e mais concentrada, acabando por fazer uma praça medieval verdadeiramente encantadora, e para mais com uma vista magnífica para as montanhas. Quem se perder por estes lados não deve desperdiçar a oportunidade de conhecer esta cidade medieval.
E era altura de voltarmos à estrada e desta vez para visitarmos Montreaux, e que cidade encantadora. Montreaux encontra-se abrigada por uma baía no Lago de Genebra, e tem os majestosos Alpes como fundo. É desta simbiose, que nasce uma cidade encantadora e que certamente não deixa ninguém indiferente. Não encontramos aqui o movimento e irreverência de Lausanne, mas encontramos uma cidade verdadeiramente charmosa e que convida aos passeios melancólicos nas bem cuidadas margens do Lago. Cada canteiro desta zona é uma verdadeira obra de arte e toda a paisagem deixa marcas em quem a visita. Tivemos oportunidade de jantar na margem do Lago, com um pôr do sol, daqueles que certamente vai demorar anos até esquecermos...
Caída a noite, altura de mais uma vez seguirmos para a estrada e desta vez rumo a Chamonix, onde passaríamos esta noite. E o percurso foi uma vez mais uma desagradável surpresa. Depois de muitos kms de boas estradas e paisagens de cortar a respiração, a parte final do percurso é feita por estradas verdadeiramente íngremes, e de bastante difícil passagem, mas lá acabamos por chegar a Chamonix.

3ºDia - Chamonix - Annecy - Genebra - Lisboa
Como tínhamos chegado a Chamonix já bem de noite, tínhamos acabado por não perceber na sua plenitude, na beleza do lugar a que estávamos a chegar. Manhã cedo, e com o abrir das janelas do quarto, veio a primeira boa surpresa. Que paisagem fantástica, com os Alpes como fundo, Chamonix é na verdade uma daquelas cidades de conto de fadas. Tudo é charmoso nesta cidade e mesmo para quem (como nós), não vá praticar desportos de inverno, a cidade não deixa ninguém indiferente. No entanto, toda esta beleza se paga, e nada é barato em Chamonix, mas para quem vinha da Suiça, já com os preços super inflacionados, o choque não foi tão grande.
Depois de Chamonix, tempo para voltar à estrada e serpentear os Alpes rumo a Annecy. Sempre acompanhados por paisagens de beleza ímpar, e desta vez sempre por auto-estrada, num pulinho estávamos na "Veneza dos Alpes". É mais uma daquelas cidades que convida ao passeio a beira um Lago de águas límpidas, e a perdermos-se pelas suas imensas ruelas que se cruzam e dão à cidade um ar medieval e acolhedor. Annecy é muito mais do que a zona à beira Lago, e do que a sua parte histórica. É toda uma cidade harmoniosa, à beira dos Alpes plantada, e onde as principais atracções estão bem perto umas das outras, o que permitem fazer todo o percurso a pé.
Mas o relógio não parava e era altura de voltarmos a Genebra e aproveitarmos as últimas horas, antes de devolvermos o carro e apanharmos o voo de regresso a Lisboa. A cidade francófona de Genebra situa-se na baía onde o Ródano se despede do Lago Genebra. Com tradição humanitária e atmosfera cosmopolita, a sede europeia da ONU e o quartel general da Cruz Vermelha é conhecido como a "capital da paz". O Lago marca profundamente a paisagem da cidade e o seu enorme repuxo é uma marca incontornável da cidade. Sendo a segunda maior cidade da Suiça, só atrás de Zurique, Genebra não tem a pacatez e encanto de cidades como Lausanne e Montreaux, mas acaba por compensar isso com o seu ar internacional e sobriedade.
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O que voltávamos a fazer:
- Com as estadias exorbitantes na Suiça, e sendo quase tudo zonas de fronteira onde fomos, foi boa a ideia de pernoitar sempre em França. Com as estadias aí, e também o abastecimento de compras, conseguimos poupar algumas boas dezenas de euros e aliviar assim o orçamento à viagem;
- Fazer um Tour por várias cidades e não ficar apenas por uma cidade. Gostamos de andar de carro, conhecer locais menos conhecidos e o facto de nos deslocarmos em carro próprio e sem depender de transportes, deu-nos enorme liberdade;
- Aquele pic-nic / jantar nas margens do Lago Genbra, em Montreaux, ao pôs-do-sol...que maravilha...;

O que não repetíamos:
- Tínhamos mais cuidado na selecção dos percursos, de forma a evitarmos meter-nos em atalhos, principalmente nos percursos Suiça-França. Aquele percurso de Neuchâtel para Morteau foi digno de um filme. Andamos em sítios impensáveis, estradas desertas, estreitas, íngremes e com muita neve a derreter. Um autêntico pesadelo, quando bem perto tínhamos estradas excelentes a fazer o mesmo percurso. Culpa do GPS e de uma má preparação do percurso. Felizmente correu tudo bem, mas um azar naquelas estradas desertas, daria-nos pano para mangas;
- Aquando da reserva do carro, tínhamos mais atenção ás letras pequeninas e víamos com atenção se o carro poderia circular sem custos por outros países. Poupávamos algum dinheiro, pois tivemos um custo adicional para poder ir para França. Outra opção, era no levantamento não dizer que quereríamos ir a França, mas não sabemos ao certo que consequências poderia ter;

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domingo, 21 de abril de 2019

Annecy (França) - A Veneza dos Alpes


Depois de um amanhecer com as esplendorosas montanhas de Chamonix como fundo, e a caminho do Aeroporto de Genebra, fizemos um pequeno desvio, e fomos visitar a charmosa cidade de Annecy. O trajecto é super rápido, sempre por auto-estradas, pagamos cerca de 7,50 € de portagens.
Arranjar estacionamento em Annecy, também foi relativamente fácil, basta sair um pouco da zona mais turística e facilmente no meio das zonas residenciais se consegue estacionamento gratuito.
E Annecy é de facto uma cidade bastante encantadora e claramente a merecer uma visita. Rapidamente percebemos porque a apelidam de Veneza dos Alpes. A cidade é rodeada por dois rios, que formam diversos canais. Bem "escondida" entre os Alpes e bem perto das fronteiras com a Suiça e Itália, Annecy é uma pérola pronta a ser descoberta a cada esquina e a cada passo.
Para além do Palais d'Isle, talvez o monumento mais fotogénico da cidade, Annecy é muito mais do que isso. É toda uma zona histórica preenchida com casas pitorescas e a merecerem um olhar cuidado, para além de um majestoso lago (o segundo maior de França), que impressiona pela limpidez das suas águas. 

sábado, 20 de abril de 2019

Hotel La Croix Blanche

Com os preços das estadias na Suiça super inflacionados, e após uma análise detalhada à zona, optamos por passar a nossa segunda noite em Chamonix. Era relativamente perto de Annecy, onde pretendíamos ir, e assim, aproveitávamos e conhecíamos uma das cidades mais charmosas da zona dos Alpes.
Optamos pelo Hotel La Croix Blanche. Não é um Hotel sumptuoso, mas tem o conforto e a localização (bem central), que pretendíamos para a nossa estadia. O preço/qualidade de serviço, satisfez-nos plenamente, e só o elevado custo do pequeno almoço destoou um pouco, mas ali, paga-se não só o serviço, mas também a vista. Para quem tiver interesse, deixamos em baixo o link.
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sexta-feira, 19 de abril de 2019

Hotel Espace Morteau


Depois de um caminho super sinuoso, lá chegamos a Morteau e ao Hotel que tínhamos reservado. O Hotel estava longe de ser luxuoso, mas apenas 10 km da fronteira com a Suiça, e numa cidade bastante acolhedora e calma, pareceu-nos a solução perfeita para conseguirmos poupar uns euros.
E assim foi. Depois de alguma peripécias a fazer o chek-in, com a recepcionista a não falar uma ponta de inglês, mas recorrendo a ajuda de uma outra hóspede, lá se resolveu. E com um extra, bem juntinho ao Hotel, existe uma pizzaria caseira, com umaspizzas maravilhosas e que nos ajudaram a embalar para uma noite de descanso mais que merecida,  depois de um dia em que se tinhamos levantado ás 3 da manhã.

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Morada:
Hotel Espace Morteau
10, Chemin du Breuille
BP 32077
25502 - Morteau
França

Aluguer de Carros: Genebra

Como é hábito para nós, para os três dias em que estivemos pela Suiça e França, voltamos a alugar carro através do site Rentalcars. Desta vez, das propostas que o site nos apresentou, acabamos por optar por um carro através da empresa Dollar, tendo pago cerca de 180 euros, um preço um pouco acima dos últimos alugueres que tínhamos feito (Veneza e Amesterdão).
Chegados a Genebra, à saída do aeroporto, a zona das Rent a Cars fica do lado direito ao fundo, e a Dollar é representada na Suiça pela empresa Hertz. Após nos terem cobrado mais 35 € extra por pretendermos ir à França, a papelada foi rápida e com as burocracias normais, pelo que depois apanhamos um autocarro,  que em cerca de 5 minutos nos deixa no estacionamento, onde estão os carros. No caso da Suiça, onde é necessária uma vinheta para a auto-estrada, o carro já a tinha, pelo que em território Suíço, não pagamos um único euro em portagens.

terça-feira, 2 de abril de 2019

Mercados icónicos de Barcelona travam turistas


Para controlar os números de visitantes, depois de La Boquería e Santa Caterina também o Mercado de Sant Antoni começa a impor restrições a grupos de turistas e a visitas guiadas. E quem incomodar é expulso.
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Que Barcelona vive invadida por turistas, não é novidade – mas vejamos os números: 1,6 milhões de habitantes para 20 milhões de visitantes anuais. A desproporção é tal que o dia-a-dia na cidade condal há muito que deixou de ser comum – incluindo uma simples ida ao mercado. Os mercados de frescos de Barcelona não foram concebidos como ponto turísticos (tal como o Parc Guell, por exemplo, que deixou de ser o parque público que é na realidade para se tornar numa espécie de museu, com limitação e pagamento de entradas), mas há muito que alguns deles caíram em graça e tornaram-se parte do circuito de visitantes que fazem tudo menos comprar.
Em 2015, as autoridades locais deram ouvidos aos comerciantes e começaram por limitar o acesso a dois dos mercados mais emblemáticos, La Boquería (que continua a ser, em plenas Ramblas, o mais visitado) e Santa Caterina; as medidas foram, entretanto, apertadas e agora estendem-se também ao mercado de Sant Antoni, que reabriu há um ano depois de obras de remodelação prolongadas. Há novas agora regras para visitar os três mercados – continua a não ser obrigatório comprar nada, mas é obrigatório não atrapalhar quem faz aqui trabalha e compra.
Esqueçam-se, portanto, visitas a qualquer dos mercados de grupos de 15 ou mais pessoas com guia às sextas-feiras e sábados (até 30 de Outubro, mas com flexibilidade para se impor a proibição se se verificarem situações de aumento imprevisto de visitantes). Em Sant Antoni e na La Boquería, aliás, os seguranças poderão “escoltar até ao exterior” grupos de menos de 15 pessoas que provoquem aglomerações nos corredores e impeçam “a circulação normal” dos clientes nas bancas ou a atenção ao público em “condições adequadas” por parte dos comerciantes, afirmou o responsável autárquico do Turismo, Comércio e Mercado, Agustí Colom, ao jornal La Vanguardia.
E, a exemplo do que já se passava com Santa Caterina, os seguranças também podem agora convidar a saírem dos recintos pessoas que manipulem alimentos para fotografias, que comam ou bebam fora dos espaços destinados a esse efeito ou que tenham atitudes pouco cívicas que afectem o funcionamento normal dos mercados. Esta regra foi, aliás, alargada aos outros mercados a pedido dos próprios comerciantes, que perceberam como funciona de forma dissuasora e torna mais fácil a convivência.
E é mais um pequeno passo para evitar o que no livro Odio Barcelona, de 2008, uma série de escritores (nascidos ou estabelecidos em Barcelona) chamava de “colapso turístico” de uma cidade que soube vender bem os seus encantos ao mundo e com isso se transformou em pesadelo para os que nela vivem.

Andreia Marques Pereira - Jornal Público

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

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