Depois de já termos visitado Praga, Bratislava e Viena, faltava-nos Budapeste para completar o ciclo das quatro capitais douradas da Europa Central. As expectativas eram altas e em parte, apesar do pouco que tivemos para visitar a cidade, acabaram por ser preenchidas.
Chegamos a Budapeste numa tarde chuvosa, provenientes de Lisboa, num vôo TAP. O Aeroporto Internacional Ferenc Liszt fica a cerca de 15 km do centro da cidade e basta sairmos da porta do terminal e logo a saída, à várias opções para o transfer para o centro da cidade. Desde táxis, a pequenos autocarros privados operados pelo aeroporto. Nós optamos pelo autocarro público, o autocarro 100E, que fica muito mais em conta. Pagamos 900 HUF e em pouco mais de 20 minutos estávamos a sair no centro da cidade.Existem outras opções, como apanhar o autocarro 200E, e depois o metro, mas apanhando o 100E a viagem é directa.
Chegados ao centro, e numa primeira fase com mais dificuldades do que esperávamos, lá acabamos por chegar ao nosso hotel, o
Hotel Museum. Depois de instalados, e tendo ficado a saber, por ocasionalidade, que Portugal tinha um jogo importante frente à Hungria, a menos de 2 km do nosso hotel, pegamos no metro e fomos ver se ainda havia bilhetes para o jogo. Nada feito, os bilhetes apenas tinham sido vendidos em Portugal, pelo que não estando o tempo convidativo, alguma chuva, acabamos por regressar ao hotel e preparar o dia seguinte, de forma a conseguirmos ver o máximo da cidade, uma vez que esse seria o único dia completo que estaríamos em Budapeste.
O que conseguimos visitar:
- Termas Szechenny: Antes de irmos, as opiniões que ouvíamos na net eram muito díspares, dos que amaram, aos que simplesmente não acharam nada de especial. Foi das primeiras coisas que fizemos e sem dúvida, das que mais gostamos. Inseridas numa zona bastante acolhedora, o Parque da Cidade, as termas ocupam um antigo palácio neo-barroco, um edifício que não deixa ninguém indiferente, dada a sua beleza. Lá dentro, um conjunto de piscinas interiores e exteriores (18 no total), algumas delas com águas medicinais, fazem deste complexo um lugar bastante relaxante e que não deve perder numa visita a Budapeste. A maneira mais fácil de chegar lá, é por metro, e basta seguir a linha amarela, a linha 1 e sair na penúltima paragem, que o próprio nome indica, Szécheny Furdo.
- Parque da Cidade: O parque da cidade é o maior espaço verde da cidade de Budapeste e é de facto uma zona bastante agradável. Com entrada a partir da majestosa Praça dos Heróis, o Parque da Cidade é uma zona que locais e turistas aproveitam para relaxar um pouco e para além dos espaços verdes, é ali que estão alguns museus, o Jardim Zoológico e as Termas Szechenny.
- Praça dos Hérois: A Praça dos Heróis é de facto um espaço grandioso e imponente. À volta encontram-se vários museus, mas o que impressiona mais é o seu monumento central, o Memorial do Milénio, em homenagem aos 1000 anos do país e as estátuas representam os sete líderes tribais magiares que fundaram o país.
- Atravessar as várias pontes sob o Danúbio: Budapeste tem nove pontes, sendo que duas delas são exclusivas para comboios. Cada uma delas é uma autêntica obra de arte, e se a Ponte das Correntes é a mais famosa, nenhuma das outras deixa de merecer uma visita.
- Visita ao Parlamento: Bem junto ao Danúbio, o Parlamento é um edifício majestoso, que impressiona só de ver. O exterior é bastante trabalhado, com dois lados simétricos entre si. Pode-se fazer uma visita ao seu interior (que não fizemos) e aí ainda se torna mais impressionante a opulência do edifício, com alguns objectos em ouro.
- Monumento de homenagem aos Judeus: Bem junto ao Parlamento, e na margem do Danúbio, está um monumento com sapatos em bronze, que pretende homenagear a memória dos judeus mortos na 2.ªGuerra Mundial. Apesar de simples, alguns sapatos em bronze, acaba por ser algo tocante, e reavive a memória de um tempo que nos devia ter deixado muitas lições e que infelizmente, em alguns pontos do globo, tende a ser esquecido.
- Citadella: A zona da Citadella é onde se conseguem das melhores vistas sob Budapeste. É o ponto mais alto da cidade e foi construído em 1854, como ponto de vigilância. Para além das vistas, pode-se visitar a fortaleza, tem um custo de 1200 HUF.
- O Metro de Budapeste: O metro de Budapeste foi construído em 1896, sendo considerado o segundo mais antigo do mundo, depois de Londres. Tudo começou porque a Avenida Andrássy era tão bonita, que nenhum meio de transporte podia circular por ali. Esta avenida ainda permanece com a sua beleza intacta, assim como a linha amarela do metro.
------------------
O que não conseguimos visitar e ficamos com pena:
- Castelo de Buda; Bastião dos Pescadores; Basílica de Santo Estevão; Mercado Central de Budapeste; Ilha Margarida, Cruzeiro no Danúbio à noite
O que mais gostamos na cidade:
- Budapeste é de facto uma cidade de uma arquitectura majestosa e que não deixa ninguém indiferente. É difícil fazer uma síntese de tudo o que gostamos, mas os banhos nas Termas Szechenny e os passeios á beira do Danúbio, estão de certeza na primeira linha do melhor que encontramos nesta cidade.
O que não gostamos na cidade:
- Existem muito poucas casas de banho públicas, na verdade apenas vimos uma na zona do Parque da Cidade, pelo que em muitos becos da cidade, existe muito mau cheiro, devido às pessoas os usarem como casas de banho;
- Quando fizerem pagamentos, tenham atenção ao troco que recebem. Aconteceu connosco no regresso ao aeroporto, onde o cobrador do autocarro fez de conta que não tínhamos direito a troco e só depois da nossa insistência lá nos deu o troco;
- Nas Termas Szechenny é muito comum vermos fotos de pessoas a jogar xadrez. Talvez por isso, pensávamos que as peças eram para uso comum. Não o são, e quando o nosso filho de abeirou de uma mesa com peças, logo apareceu um daqueles húngaros com cara de poucos amigos, e que com um simples olhar, tratou de o afastar logo de perto do jogo;
Links Úteis:
- Hotel Museum em Budapeste,
aqui.
- Planta do Metro de Budapeste,
aqui.
- Transfers em Budapeste,
aqui.